terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Entenda como funcionará os tratamentos e internações de dependentes químicos em SP

Notícia: Juiz diz que 1º dia de plantão judiciário na Cracolândia foi 'histórico'

DE SÃO PAULO
"DO AGORA"
22/01/2013-06h30
 
Mesmo sem ninguém internado à força, o juiz Samuel Karasin, que estava no primeiro dia do plantão judiciário na Cracolândia na segunda-feira (21), no centro de São Paulo, disse que o dia foi "histórico".
"Porque, pela primeira vez, o Judiciário volta sua atenção especificamente para pessoas que nunca foram privilegiadas, que não tinham acesso à Justiça."
Conforme o Tribunal de Justiça, antes de decidirem, os magistrados irão analisar laudos médicos e conversar com cada dependente químico.
Entre os que fugiram do tratamento estava um jovem. De passagem pela rua Prates, onde funciona o Cratod ele parou após ver os militantes da luta antimanicomial.
Enviado para o serviço de "orientação", em uma hora, seria atendido. "Não vou aguentar", gritava.
Acabou aproveitando a comoção que tomou conta dos repórteres, recolheu R$ 6,50 (que disse serem para comprar um prato feito) e saiu.
O plantão funciona diariamente, das 9h às 13h, com juiz, promotor e advogados designados pela OAB, no centro de saúde, na região central.
Quando a internação for recomendada por um médico e o usuário refutar o tratamento, caberá ao juiz de plantão decidir --com base em parecer do membro da Promotoria.
Segundo o governo, porém, essas internações serão exceções. As mães à procura de internação para os filhos eram maioria ontem.
Um jovem que mordeu o pai e ameaçou fazer um roubo com a réplica de uma pistola é um caso de internação que aguarda a Promotoria. A Secretaria de Estado da Saúde não divulgou o número total de atendimentos realizados.
(LAURA CAPRIGLIONE, AFONSO BENITES, TALITA BEDINELLI E FABIANA CAMBRICOLI)

Editoria de arte/Folhapress
 

 

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